A ultima carta que lhe dedico
Meu caro,
Serei breve, ao menos dessa vez me de a atenção necessária,
pois é a última vez que a peço.
Lembra que lhe falei outra manha que partiria, lembra também
que riu, zombou e me disse que eu ficaria. Tinhas razão, repeti tal discurso
tantas vezes que nem eu mesma acreditava mais. Algo, contudo, se partiu dentro
de mim naquela mesma manha enquanto você ria, suas grosserias e audácias foram
a gota que faltava para que toda magoa transbordasse. Ah, meu querido, naquele momento eu já
escolhia em minha mente a roupa para a viajem. Quando ler está carta eu estarei
longe e estarei rindo de seu desespero, zombaste de mim e acabará sozinho,
espero que supere logo este medo da solidão, pois nem por mil rosas voltarei.
Um dia iremos nos encontrar em alguma esquina, e estarei bem
vestida e acompanhada de algum belo rapaz. Se eu te reconhecer lhe compro uma
rosa , lhe desejo bom dia e te abandono outra vez.
Em meu olhar você vera que toda magoa deixei junto a está
carta, e que levei comigo todas as certezas. Se arrependera ao me olhar nos
olhos, mas deles não poderás desviar, pois toda alegria que vai encontrar ira
te machucar de alguma forma. Desejo que
sejas feliz, mas seu egoísmo me traz duvidas sobre teu futuro.
Desculpe-me te abandonar como fizeram todos os seus amigos
mais próximos, eu até tentei ficar, aprenda com isso a nunca zombar da ultima
pessoa que te resta. Tente não se
assustar quando as mascaras caírem e você conseguir conhecer a si mesmo, pois a
um que de horror em seus atos. E por ultimo, lembre-se, que toda certeza do
mundo não substitui um grande amor.
Por todo carinho que já
lhe dediquei.
Senhorita.
Tayná Bravin
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